A nossa Missão

O Gabinete de Prevenção Visual e Reabilitação (gpVr) é especialmente vocacionado para o diagnóstico e reabilitação não-cirúrgica de perturbações da visão binocular e do equilíbrio oculomotor, quer na criança quer no adulto.

Dentro deste grupo encontram-se o estrabismo (desvio dos eixos visuais), as paralisias oculomotoras (primárias ou secundárias), os síndromes restritivos, o nistagmo e demais distúrbios da motilidade ocular, assim como todas as anomalias sensoriais decorrentes (alterações de fixação ou de correspondência sensorial, fenómenos de neutralização e ambliopias).

Em estrabismo, cada caso é um caso, e assim, implementamos programas individualizados de recuperação funcional que, passo a passo, restabeleçam ou reforcem as funções necessárias à união binocular.

Uma condição essencial é a presença de uma acuidade visual semelhante entre os dois olhos, e por essa razão, no gpVr realizamos também exames para correcção refractiva (optometria), prescrevendo óculos e adaptando lentes de contacto quando indispensável ao processo de reabilitação, garantindo assim que o sistema visual não se encontra condicionado em termos refractivos.

No gpVr promovemos o rastreio visual pediátrico logo a partir dos seis meses de idade, trabalhando em parceria com os médicos de família e os médicos pediatras. O rastreio visual pediátrico praticado no gpVr segue as directrizes do Protocolo de Rastreio Oftalmológico Infantil (ROI) da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia e é realizado por Ortoptistas.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Os seus olhos estão em stress?

O que pode provocar stress visual?
Como reage o cérebro a esse stress visual?
Quais os sintomas mais comuns de um sistema visual em stress?
O que podemos fazer, para minimizar o stress visual?


Os olhos são uma autêntica extensão do cérebro e adaptam-se de forma extremamente rápida em situações de stress visual.

O que pode provocar stress visual?

- rivalidade cerebral entre os olhos;
- desequilíbrios no organismo (excesso de trabalho, doenças, medicamentos);
- tarefas visuais demasiado exigentes (má iluminação, má postura, períodos de trabalho muito longos).

Como reage o cérebro a esse stress visual?

O cérebro adapta-se. Reorganiza a forma como processa a informação visual.
Perante situações de stress visual, o cérebro procurará eliminar o factor que lhe provoca esse stress, e assim:

- quando um olho vê melhor que o outro, o cérebro concentra-se no olho que transmite a imagem de melhor qualidade, ignorando o olho mais "fraco". Em crianças, a maturação visual é interrompida, e a médio prazo surge a ambliopia ("olho preguiçoso").
Admite-se que a graduação, nestes olhos, tenha tendência a aumentar.
Em alguns casos, o cérebro faz entortar o olho com a visão mais baixa, e surge o estrabismo, mas também pode ocorrer o oposto, e existir um estrabismo que desencadeia a ambliopia no olho que mais tempo se encontra desviado.

- qualquer desequilíbrio, físico ou psicológico, pode manifestar-se na visão. Quando estamos cansados, ou até nervosos, podemos notar maior dificuldade em ver, e ainda mais em ler, porque os recursos que são utilizados na visão são chamados a outras áreas.
Em situações de maior stress e menos recursos, é mais fácil lidar com um olho desviado do que "lutar" por manter os dois olhos alinhados.
Os medicamentos podem afectar a função visual de várias formas. Os estimulantes, usados em dietas de emagrecimento e presentes em algumas drogas, e alguns antidepressivos, por exemplo, modificam a dinâmica pupilar, provocando midríase (dilatação), perturbando a visão de perto e aumentando a sensibilidade à luz, favorecendo o encandeamento.

- quando se utiliza a visão durante muitas horas seguidas, em distâncias curtas (por ex: no computador ou na leitura), existe um esforço cerebral constante: é necessário manter a visão nítida (exercendo poder de enfoque, ou em linguagem técnica, acomodando) e é necessário manter os olhos alinhados em convergência.
Se esta tarefa em visão próxima se tornar habitual, o sistema visual vai adaptar-se a essa nova distância de trabalho, penalizando a visão de longe ou modificando o equilíbrio oculomotor.

Quais os sintomas mais comuns de um sistema visual em stress?

Se apresentar algum dos sintomas que a seguir se descrevem, deve fazer um exame aos seus olhos:
- visão dupla ou desfocada, mesmo que ocasional;
- olhos vermelhos ao final do dia;
- focagem demorada ou difícil;
- dores de cabeça ou sobre os olhos, associadas ao esforço visual;
- menor capacidade em avaliar distâncias;
- desconforto na leitura.

As crianças habitualmente não se queixam de problemas visuais, porque simplesmente não têm modelo de comparação. Acreditam que todos veêm como eles. Por isso é essencial estar atento.

Consideramos uma prioridade que o primeiro exame visual seja realizado antes da entrada para a escola (aos 2-3 anos).
Este exame servirá para detectar predisposições individuais, como a presença de erros refractivos não conhecidos, ou qualquer outro elemento que possa interferir com o desenvolvimento adequado da visão.

O que podemos fazer, para minimizar o stress visual?

Independentemente da idade: é preciso conhecer em que condições se encontra o seu sistema visual. Se está bem, ou se está em esforço, mesmo quando em "repouso". Se nunca fez, deve portanto, fazer um exame visual completo (avaliação optométrica, ortóptica e da saúde ocular).

Detectada uma deficiência visual, existem diversas alternativas de correcção: óculos, lentes de contacto, prismas, cirurgia, estimulação visual.

Estando descartado ou recuperado o problema de visão, existem algumas regras de higiene visual importantes.

Afaste as crianças do computador e restrinja o tempo que passam a ver televisão.
A superfície ideal para estudarem é algo semelhante ao que existia nas escolas antigas, em plano ligeiramente inclinado que elimine a pressão no pescoço.

Deve preferir a luz natural para trabalhar, ou pelo menos garantir uma boa iluminação sem reflexos.

Se a posição habitual de trabalho implica estar sentado muito tempo, a cadeira deve permitir manter uma postura correcta (as costas direitas) e os pés devem ficar ambos assentes no chão.

Tarefas prolongadas em visão próxima exigem intervalos frequentes, de hora a hora, se quisermos prevenir futuras miopias funcionais ou desvios compensatórios.
Olhar para longe (relaxar a acomodação) ajuda o sistema visual a recuperar do stress acumulado. O ideal é afastar-se uns minutos do seu posto de trabalho, permitindo ao próprio corpo recuperar o seu tónus habitual.

Utilizadores de computadores devem ser exigentes na selecção do monitor, ajustar o brilho e o contraste às suas necessidades e modificar o tamanho da letra, se lhes facilitar a leitura.
A altura do ecrã deve ser adequada ao seu utilizador, aconselhando-se que de uma forma geral se alinhe o topo do ecrã à altura dos olhos, o que favorecerá a leitura.

O local de trabalho deve ser arejado e o ar condicionado deve ser evitado, pois aumenta a incidência de olho seco, e a contaminação do ar pode desencadear reacções alérgicas (oculares e respiratórias).

Respeitar as necessidades de descanso e praticar uma alimentação saudável são também importantes pois retardam o envelhecimento das estruturas oculares e permitem manter a energia vital em alta.
Quando cansado, ou anémico, o organismo fraqueja, registam-se alterações de memória e de concentração, oscilações de visão que num estado normal não existiriam.

Ao marcar um exame à sua visão, tente perceber se as suas queixas são diárias, ou se surgem apenas quando está muito cansado; e se desaparecem quando dorme melhor.
Tente também avaliar se os sintomas estão associados ao esforço visual (se for esse o caso, sentir-se-á pior ao final do dia) ou se surgem logo pela manhã.

Problemas de tensão arterial, triglicéridos, diabetes e colesterol podem vir a manifestar-se nos seus olhos devido à sua extensa e frágil colecção de vasos sanguíneos.

Alterações na posição natural dos dentes, falhas interdentárias ou um desgaste assimétrico podem também contribuir para o aparecimento de desconforto visual, alterações do equilíbrio ou do sistema proprioceptivo.

Vigie a sua saúde!

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