A nossa Missão

O Gabinete de Prevenção Visual e Reabilitação (gpVr) é especialmente vocacionado para o diagnóstico e reabilitação não-cirúrgica de perturbações da visão binocular e do equilíbrio oculomotor, quer na criança quer no adulto.

Dentro deste grupo encontram-se o estrabismo (desvio dos eixos visuais), as paralisias oculomotoras (primárias ou secundárias), os síndromes restritivos, o nistagmo e demais distúrbios da motilidade ocular, assim como todas as anomalias sensoriais decorrentes (alterações de fixação ou de correspondência sensorial, fenómenos de neutralização e ambliopias).

Em estrabismo, cada caso é um caso, e assim, implementamos programas individualizados de recuperação funcional que, passo a passo, restabeleçam ou reforcem as funções necessárias à união binocular.

Uma condição essencial é a presença de uma acuidade visual semelhante entre os dois olhos, e por essa razão, no gpVr realizamos também exames para correcção refractiva (optometria), prescrevendo óculos e adaptando lentes de contacto quando indispensável ao processo de reabilitação, garantindo assim que o sistema visual não se encontra condicionado em termos refractivos.

No gpVr promovemos o rastreio visual pediátrico logo a partir dos seis meses de idade, trabalhando em parceria com os médicos de família e os médicos pediatras. O rastreio visual pediátrico praticado no gpVr segue as directrizes do Protocolo de Rastreio Oftalmológico Infantil (ROI) da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia e é realizado por Ortoptistas.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Bendita Presbiopia!

Recentemente consultei um paciente, nos seus quarenta anos, que se queixava de ver mal ao perto, o que veio a confirmar-se. No final da consulta, e seguindo o protocolo de rotina, medi a pressão intra-ocular. Altíssima. Tentando não revelar a minha preocupação, voltei a fazer a medição. Altíssima!

Informei então o paciente sobre as principais consequências de uma pressão intra-ocular alta, que embora não provoque dores, origina lesões no nervo óptico, perda de sensibilidade retiniana com contracção progressiva do campo visual periférico, que sem acompanhamento podem terminar em cegueira.

Conversa puxa conversa e - apesar de eu ter perguntado inicialmente os seus antecedentes - o senhor não revelou que afinal já tinha sido observado num oftalmologista - há 3 anos atrás! - e que o médico já naquela data encontrara valores de pressão intra-ocular anormalmente elevados.

A verdade é que algo deve ter corrido mal nessa consulta, pois médico que se preze, não descura uma problemática destas, e paciente que esteja atento na consulta e que seja devidamente alertado não ignora tal coisa.

Questões de saúde como esta não podem ser banalizadas e fico sempre a pensar que se não fosse o aparecimento da presbiopia (vista cansada), quantos mais casos de cegueira haveria neste país, por continuarmos todos de costas voltadas para a prevenção.

Nem vale a pena falar dos óculos já pré-graduados que se vendem em farmácias, ópticas e toda a loja chinesa que se preze e que atrasam a vinda do paciente à consulta. Não há prevenção que resista nem presbiopia que nos valha!

* Moral da história *
Se começou a notar que está a ver mal ao perto, não se acomode, faça um exame completo aos seus olhos, pode ser a única oportunidade de detectar problemas subjacentes que ainda não se manifestaram.

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