A nossa Missão

O Gabinete de Prevenção Visual e Reabilitação (gpVr) é especialmente vocacionado para o diagnóstico e reabilitação não-cirúrgica de perturbações da visão binocular e do equilíbrio oculomotor, quer na criança quer no adulto.

Dentro deste grupo encontram-se o estrabismo (desvio dos eixos visuais), as paralisias oculomotoras (primárias ou secundárias), os síndromes restritivos, o nistagmo e demais distúrbios da motilidade ocular, assim como todas as anomalias sensoriais decorrentes (alterações de fixação ou de correspondência sensorial, fenómenos de neutralização e ambliopias).

Em estrabismo, cada caso é um caso, e assim, implementamos programas individualizados de recuperação funcional que, passo a passo, restabeleçam ou reforcem as funções necessárias à união binocular.

Uma condição essencial é a presença de uma acuidade visual semelhante entre os dois olhos, e por essa razão, no gpVr realizamos também exames para correcção refractiva (optometria), prescrevendo óculos e adaptando lentes de contacto quando indispensável ao processo de reabilitação, garantindo assim que o sistema visual não se encontra condicionado em termos refractivos.

No gpVr promovemos o rastreio visual pediátrico logo a partir dos seis meses de idade, trabalhando em parceria com os médicos de família e os médicos pediatras. O rastreio visual pediátrico praticado no gpVr segue as directrizes do Protocolo de Rastreio Oftalmológico Infantil (ROI) da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia e é realizado por Ortoptistas.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Óculos pré graduados: o boicote

Escrevi o post anterior e fiquei com a sensação que algo mais devia ser dito sobre estes malditos óculos pré-graduados. Para quem não sabe ainda do que estou a falar, são aqueles óculos marcados com "1,00", "2,00" ou "3,00" graus de potência dióptrica, em que os clientes experimentam ler com eles para decidir com quais se sentem bem. Sem realizar qualquer consulta antes com um especialista, claro.

É como se, sempre que estivéssemos doentes, fôssemos a um buffet de medicamentos, e experimentássemos vários até nos sentirmos melhor.

Soa a algo que nunca faríamos, certo?

Então porque será que o fazemos com os nossos olhos? Talvez as pessoas julguem que os problemas graves que afectam a visão são todos acompanhados de quebra de acuidade visual, mas infelizmente nem todos batem à porta e pedem licença antes de entrar. Quando damos conta que algo está errado, pode ser tarde.

Quanto custa fazer um check-up visual? Trinta, cinquenta euros?? Quinze, ou nada, para quem tem seguradora?

Gostaria de incentivar eventuais colegas que trabalhem em estabelecimentos que vendam este tipo de óculos para o contrasenso que constitui, principalmente quem trabalha em ópticas, e fabrica óculos adaptados aos seus clientes, como podem vender algo feito em série, numa qualquer fábrica do outro lado do mundo, e achar que estão a beneficiar os seus clientes e a prestar um bom serviço?

Na verdade estão a ceder à pressão do mercado, mas não significa que o compreenda, pois é um passo em frente para a banalização das doenças ligadas à visão. Espero conseguir alguns adeptos neste BOICOTE aos óculos pré graduados!

Os pacientes precisam que quem os orienta tenha ideias bem definidas sobre o que é ou não indicado para os seus olhos, se deixarmos ao critério das pessoas se devem ou não comprar uns óculos desses, o que estamos lá a fazer e para quê perder tempo com tanta formação?

O inconsciente das pessoas irá depreender que se estamos a vender esses óculos, é porque não devem fazer assim tanto mal. De outra forma não os quereríamos na nossa loja. Estará o mercado assim tão mau, para que prefiramos vender uns pré-graduados a perder quinze minutos a convencer um cliente a fazer uma consulta de optometria, pelo menos??

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